Participação especial da atriz Elisete Teixeira e da jornalista Daniela Paiva
LEITURA DRAMÁTICA
Texto pop, acordes clássicos
TIAGO FARIA
DA EQUIPE DO CORREIO
Mesmo nas entrelinhas, um Brasil pop borbulha nas crônicas
de Fernanda Takai, publicadas nos jornais Correio Braziliensee Estado
de Minas. Já nos clássicos do compositor Ary Barroso (1903–1964), o
país é um colorido objeto de exaltação.
Hoje à noite, o projeto Terça Crônica propõe uma linha imaginária
entre esses dois brasis. A música do autor de Aquarela do Brasil
dividirá o palco do Teatro Goldoni, na Casa d’Itália, com a prosa da vocalista do Pato Fu.
Com entrada franca, o Terça Crônica defende uma combinação
de expressões artísticas que promete atiçar diferentes públicos.
Além de leitura dramática e apresentação musical, um bate-papo
sobre a vida e a obra dos autores homenageados. Os textos ganham
leitura do ator e diretor Jones Schneider. Já as canções são interpretadas
pelo violonista Alex Souza. A atriz Elisete Teixeira e a jornalista
Daniela Paiva, do Correio, são as convidadas desta edição.
Na estréia, terça passada, as crônicas de Affonso Romano de
Sant’Anna foram acompanhadas dos versos de Noel Rosa. “A receptividade
do público foi maravilhosa. As pessoas saíram encantadas, mandaram e-mails.
Temos esperança de que o boca-aboca reforce o projeto”, diz Jones Schneider.
O evento tem um propósito também educativo. “Queremos
atrair alunos de ensino médio e universitários, permitir que
conheçam mais a trajetória e a importância dos artistas”, afirma.
Buscar pontos de contato entre a gramática de Fernanda Takai e a
poesia do mineiro Ary Barroso não é, pelo menos num primeiro momento,
o mais importante nesse processo. “Quando escolhi os artistas,
não pensei no significado do casamento. Eles acabam aparecendo”,
conta Jones. Para o público, porém, identificar semelhanças
entre as obras pode ser encarado como desafio saboroso. “Tanto
Fernanda quanto Ary falam do Brasil. Nos textos dela, podemos
notar a fala de Minas Gerais em gírias como ‘uai’ e ‘trem’. E ele compôs
Aquarela do Brasil, nosso segundo hino nacional”, compara.
Em frases e refrãos, o projeto provoca esse tipo de contraste e
convida o público a uma experiência fora do habitual. Tanto
que o lado compositora de Takai – amapaense de nascimento,
mineira de criação – não será destacado. No repertório, canções
como Folha morta, Na baixa do sapateiro e Camisa amarela
serão intercaladas a crônicas bem-humoradas. Alfinetada na
condição efêmera das celebridades, um dos selecionados recupera
as lembranças da escritora sobre uma dançarina ranzinza do Clube do Bolinha.
As crônicas de Takai, Jones conheceu
durante o processo de pesquisa para o Terça Crônica. Já
a trajetória de Ary Barroso o ator pesquisou há quatro anos, quando
atuou no musical O coqueiro que dá coco, de Túlio Guimarães,
com participação de Zezé Motta.“Queremos retratar compositores
que não estejam esquecidos”, afirma. Terça que vem, os sambas
de Cartola encontram a prosa de Alexandre Ribondi.
Texto pop, acordes clássicos
TIAGO FARIA
DA EQUIPE DO CORREIO
Mesmo nas entrelinhas, um Brasil pop borbulha nas crônicas
de Fernanda Takai, publicadas nos jornais Correio Braziliensee Estado
de Minas. Já nos clássicos do compositor Ary Barroso (1903–1964), o
país é um colorido objeto de exaltação.
Hoje à noite, o projeto Terça Crônica propõe uma linha imaginária
entre esses dois brasis. A música do autor de Aquarela do Brasil
dividirá o palco do Teatro Goldoni, na Casa d’Itália, com a prosa da vocalista do Pato Fu.
Com entrada franca, o Terça Crônica defende uma combinação
de expressões artísticas que promete atiçar diferentes públicos.
Além de leitura dramática e apresentação musical, um bate-papo
sobre a vida e a obra dos autores homenageados. Os textos ganham
leitura do ator e diretor Jones Schneider. Já as canções são interpretadas
pelo violonista Alex Souza. A atriz Elisete Teixeira e a jornalista
Daniela Paiva, do Correio, são as convidadas desta edição.
Na estréia, terça passada, as crônicas de Affonso Romano de
Sant’Anna foram acompanhadas dos versos de Noel Rosa. “A receptividade
do público foi maravilhosa. As pessoas saíram encantadas, mandaram e-mails.
Temos esperança de que o boca-aboca reforce o projeto”, diz Jones Schneider.
O evento tem um propósito também educativo. “Queremos
atrair alunos de ensino médio e universitários, permitir que
conheçam mais a trajetória e a importância dos artistas”, afirma.
Buscar pontos de contato entre a gramática de Fernanda Takai e a
poesia do mineiro Ary Barroso não é, pelo menos num primeiro momento,
o mais importante nesse processo. “Quando escolhi os artistas,
não pensei no significado do casamento. Eles acabam aparecendo”,
conta Jones. Para o público, porém, identificar semelhanças
entre as obras pode ser encarado como desafio saboroso. “Tanto
Fernanda quanto Ary falam do Brasil. Nos textos dela, podemos
notar a fala de Minas Gerais em gírias como ‘uai’ e ‘trem’. E ele compôs
Aquarela do Brasil, nosso segundo hino nacional”, compara.
Em frases e refrãos, o projeto provoca esse tipo de contraste e
convida o público a uma experiência fora do habitual. Tanto
que o lado compositora de Takai – amapaense de nascimento,
mineira de criação – não será destacado. No repertório, canções
como Folha morta, Na baixa do sapateiro e Camisa amarela
serão intercaladas a crônicas bem-humoradas. Alfinetada na
condição efêmera das celebridades, um dos selecionados recupera
as lembranças da escritora sobre uma dançarina ranzinza do Clube do Bolinha.
As crônicas de Takai, Jones conheceu
durante o processo de pesquisa para o Terça Crônica. Já
a trajetória de Ary Barroso o ator pesquisou há quatro anos, quando
atuou no musical O coqueiro que dá coco, de Túlio Guimarães,
com participação de Zezé Motta.“Queremos retratar compositores
que não estejam esquecidos”, afirma. Terça que vem, os sambas
de Cartola encontram a prosa de Alexandre Ribondi.
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