Espectadora lê frase de Nelson |
A espectadora Lourdes Tavares recita Nelson |
Jones de Abreu em A vida como ela é |
Alex, ave Gonzagão! |
Sérgio Maggio
Quando Assum Preto, canção cortante de Luiz Gonzaga, ecoou na voz de Alex Souza pelo salão do Café com Letras, o Terça Crônica se preparava para o desafio de reunir, numa mesma edição, o legado de dois gênios da cultura nacional. Dois reis absolutos que, cada um em sua seara, ajudaram a erguer um estatuto de arte em torno de suas criações. Luiz Gonzaga e Nelson Rodrigues, quem diria, estariam juntos em patamares equivalentes nos quais cultura popular e dramaturgia teriam a mesma dimensão poética.
Foi assim que o ator, mestre de cerimônias, Jones de Abreu conduziu a noite de casa cheia. Nelson, o anjo pornográfico, surgiu em leituras de crônicas esportivas e da série A vida como ela é. A dama do lotação, uma das narrativas clássicas, ganhou vida aos olhos do espectadores que riam e se concentravam nas palavras ali tão bem ditas pelo intérprete. Ganhou também vida no jogo com a plateia que achou envelopes debaixos das mesas com frases do mestre. Quem leu ganhou um livro para acompanhá-lo na cabeceira.
Do outro ponto do palco, Alex Souza intercalou seis canções magníficas do repertório de Gonzagão. Por diversas vezes, deu um "salve" ao mestre, influência direta em sua formação de cantor e compositor. E ainda contou "causos". O clima de descontração tomou conta do público que fez coro firme para as mais conhecidas. Convidado do segundo módulo do projeto, Rosualdo Rodrigues, jornalista e escritor, pontuou fatos e informações sobre os dois mestres, num programa que uniu entretenimento e conhecimento.
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