terça-feira, 25 de setembro de 2012

Encontro com a esfinge

"Ela desembarcou aqui como quem diz: 'Meu Deus, o que é isso?' Clarice  pegou Brasília e colocou dentro da alma”.
                                              Conceição Freitas, cronista do Correio


   Diego Ponce de Leon
Especial para o Correio

Se as rosas falassem, Clarisse Lispector certamente conversaria com elas. A oportunidade aparece na Terça Crônica, hoje, em homenagem à escritora e ao compositor carioca Cartola. O projeto chega no terceiro módulo em companhia de dois artistas brasileiros sempre celebrados e volta a ocupar as mesas do Café com Letras (203 Sul), já habituado com as intervenções musicais e literárias que acontecem por ali.

Jones de Abreu, idealizador do projeto, fica a cargo das leituras dramáticas do universo de Clarice, enquanto Alex Souza, parceiro desde a concepção, em 2008, ecoa as canções de Cartola. Os artistas contam ainda, em cada um dos encontros, com a colaboração de um jornalista convidado. Nesta terça, quem aparece para o bate-papo e devidas intervenções é Conceição Freitas, cronista do Correio, conhecida pelos textos que refletem o cotidiano do brasiliense. Por nutrir uma relação mais íntima (e diária) com a literatura, Conceição antecipa que prefere contribuir no debate sobre Clarice, mas que guarda uma “doce e nostálgica impressão” de Cartola.

Clarice costuma ser lembrada pela densidade dos personagens e enredos que compõem os romances e crônicas que escreveu ao longo da vida, resultando em relações ora perturbadas, ora esclarecidas, com os leitores. Conceição não foge à regra.

Ela separa o relacionamento com a autora em três momentos cruciais. O primeiro deles ocorreu na juventude, quando a atração foi imediata: “Me casei com ela”. Depois da impressão inicial, a jornalista se deparou com as controversas crônicas que Clarice escreveu sobre Brasília: “Ela pegou a cidade e colocou dentro da alma”.

Para Conceição, os textos não criticam a cidade, como comumente se atesta (Clarice caracteriza Brasília como uma cidade “artificial, imagem da insônia”), mas revelam a sincera reação de quem desembarca por aqui, como se dizendo: “Meu deus, o que é isso?”. Finalmente, enveredou pela biografia da ucraniana mais brasileira de nossa literatura e acabou conhecendo “Clarice, pessoa física, muito complicada”. Assim, sintetiza, com uma proeza literária, a relação com a homenageada de hoje: “Admiração, medo e implicância”.

Jones, por sua vez, está ansioso pelo encontro: “Essa combinação de Clarice, Cartola e Conceição é uma ode ao ser humano criador e poético, sua dimensão mais sensível e libertadora”. Ele não pretende desperdiçar a presença da jornalista: “Vou explorar também o lado criador de Conceição Freitas, cujas crônicas ajudam a entender a gênese de ser e estar em Brasília”.

Se a química entre Cartola e Clarice não parece óbvia, nada a temer. Como Conceição diz: “Os casamentos mais estranhos são os que dão certo”.


Terça Crônica
Com Jones de Abreu e Alex de Souza
Hoje, a partir de 20h
No Café com Letras (203 Sul)
Entrada franca
Classificação indicativa livre

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Blog do Renato Acha



Terça Crônica homenageia 

Clarice Lispector e Cartola.

Publicado em 21 de September de 2012 em Mais por Acha

Jones de Abreu e Alex Souza. Divulgação.
O projeto Terça Crônica tem movimentado Brasília com uma proposta diferenciada no Café com Letras (203 sul) e não vai ser diferente no dia 25 de setembro às 20 horas, quando se volta o olhar sob as narrativas inquietantes de Clarice Lispector.
“Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas te digo que Brasília é a imagem de minha insônia”, escreveu Clarice sobre a cidade artificial que encarou.
Esta combinação explosiva se funda à música fundamental do gênio Cartola e à presença da cronista Conceição Freitas. “Essa combinação de Clarice, Cartola e Conceição é uma ode ao ser humano criador e poético, sua dimensão mais sensível e libertadora”, destaca Jones de Abreu, ator e criador do projeto da Criaturas Alaranjadas Cia. de Teatro.
Jones de Abreu vai dramatizar crônicas de Clarice Lispector, enquanto Alex Souza interpretará o repertório de Cartola. No centro do palco, Conceição Freitas falará sobre a força da crônica de Clarice. “Vou explorar também o lado criador de Conceição Freitas, cujas crônicas ajudam a entender a gênese de ser e estar em Brasília”, observa Jones.
O bate-papo avonts promete vai reunir artistas em uma alquimia incomum. Após a apresentação, a programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu Ribeiro, com selecionado repertório do cancioneiro popular.
Serviço: Terça Crônica com Jones de Abreu e Alex Souza.
Crônicas de Clarice Lispector e canções de Cartola.
Participação: Conceição Freitas.
Data: 25 de setembro de 2012 (terça) às 20 horas
Local: Café com Letras (203 sul)
Entrada franca.
Após a apresentação, a programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu Ribeiro, com repertório do cancioneiro popular e couvert a R$ 7. 
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 10 anos.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Poesia d’alma



Com entrada franca, Terça Crônica celebra as crônicas de Clarice Lispector e as canções de Cartola


Clarice Lispector remexia a alma inquieta diante da vida. As crônicas escritas por ela traziam impressas a carne viva com qual  se relacionava com mundo. Foi desse jeito que ela viu uma Brasília, cidade artificial, ser desenhada diante de seu coração aos pulos. “Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas te digo que Brasília é a imagem de minha insônia”, escreveu Clarice Lispector, uma das maiores escritoras em língua portuguesa. As narrativas de Clarice Lispector vão ecoar pelo terceiro módulo do Terça Crônica, dia 25 de setembro (terça-feira), às 20h, no Café com Letras (203 Sul), com entrada franca. Estarão combinadas com a canção elegante e singular de Cartola, numa noite que conta ainda com a presença da cronista Conceição Freitas. “Essa combinação de Clarice, Cartola e Conceição é uma ode ao ser humano criador e poético, sua dimensão mais sensível e libertadora”, destaca Jones de Abreu, ator e criador do projeto da Criaturas Alaranjadas Cia. de Teatro.
Jones de Abreu vai dramatizar crônicas de Clarice Lispector, enquanto Alex Souza interpretará o repertório de Cartola. No centro do palco, Conceição Freitas falará sobre a força da crônica de Clarice. “Vou explorar também o lado criador de Conceição Freitas, cujas crônicas ajudam a entender a gênese de ser e estar em Brasília”, observa Jones.  Num clima descontraído de bate-papo, os três vão falar das influências e estilos dos mestres celebrados. Após a apresentação, a programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu Ribeiro, com selecionado repertório do cancioneiro popular.
Um dos vencedores do edital nacional Procultura para Programação Cultural de Livrarias, do Ministério da Cultura, o Terça Crônica não poderia voltar à cena de forma tão feliz. “Retornar dentro de uma aconchegante livraria, cercado de obras literárias de todos os lados, é um sonho. A sensação é de que estamos em casa. O estímulo à leitura e as delícias do ato de ler sempre foram as tônicas desse projeto híbrido de linguagens, espécie de talk-show que mistura teatro, música e entrevistas”, observa Jones de Abreu
Até dezembro, serão nove sessões quinzenais que vão privilegiar grandes nomes da crônica nacional, com a presença de convidados da cidade. Criado em 2008 em temporada no Teatro Goldoni, Terça Crônica já participou da Feira do Livro (2010) de Brasília e da I Bienal do Livro e da Leitura (2012), fazendo também itinerância pelas cidades de Ceilândia e Taguatinga, com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O projeto se desdobrou ainda no Quinta Crônica (de 2008 a 2011) e no programa Canto das Letras, atualmente apresentado mensalmente na TV Câmara.


TERÇA CRÔNICA
Com Jones de Abreu e Alex Souza. Crônicas de Clarice Lispector e canções de Cartola. Participação: Conceição Freitas. Dia 25 de setembro, terça-feira, às 20h, com entrada franca. Após a apresentação, a programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu Ribeiro, com repertório do cancioneiro popular e couvert a R$ 7.  Classificação indicativa: não recomendado para menores de 10 anos.

PROGRAMAÇÃO 2012
25 de setembro: Crônicas de Clarice Lispector e canções de Cartola.
9 de outubro: Crônicas de Luis Fernando Verissimo e canções de Adoniran Barbosa.
23 de outubro: Crônicas de Carlos Drummond de Andrade e canções de Noel Rosa.
6 de novembro: Crônicas de Lya Luft e canções de Tim Maia.
20 de novembro: Crônicas de Miguel Falabella e canções de Rita Lee.
4 de dezembro: Crônicas de Maitê Proença e canções de Vi nicius de Moraes.
18 de dezembro: Cronista especialmente convidado e canções de Alex Souza.

sábado, 15 de setembro de 2012

Brasília// por Clarice Lispector


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Brasília é construída na linha do horizonte. – Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. Quando o mundo foi criado, foi preciso criar um homem especialmente para aquele mundo. Nós somos todos deformados pela adaptação à liberdade de Deus. Não sabemos como seríamos se tivéssemos sido criados em primeiro lugar, e depois o mundo deformado às nossas necessidades. Brasília ainda não tem o homem de Brasília. – Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas te digo que Brasília é a imagem de minha insônia, vêem nisso uma acusação; mas a minha insônia não é bonita nem feia – minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil; eles ergueram o espanto deles, e deixaram o espanto inexplicado. A criação não é uma compreensão, é um novo mistério. – Quando morri,um dia abri os olhos e era Brasília. Eu estava sozinha no mundo. Havia um táxi parado. Sem chofer. – Lucio Costa e Oscar Niemeyer, dois homens solitários. – Olho Brasília como olho Roma: Brasília começou com uma simplificação final de ruínas. A hera ainda não cresceu. – Além do vento há uma outra coisa que sopra. Só se reconhece na crispação sobrenatural do lago. – Em qualquer lugar onde se está de pé, criança pode cair, e para fora do mundo. Brasília fica à beira. – Se eu morasse aqui, deixaria meus cabelos crescerem até o chão. – Brasília é de um passado esplendoroso que já não existe mais. Há milênios desapareceu esse tipo de civilização. No século IV a.C. era habitada por homens e mulheres louros e altíssimos, que não eram americanos nem suecos, e que faiscavam ao sol. Eram todos cegos. É por isso que em Brasília não há onde esbarrar. Os brasiliários vestiam-se de ouro branco. A raça se extinguiu porque nasciam poucos filhos. Quanto mais belos os brasiliários, mais cegos e mais puros e mais faiscantes, e menos filhos. Não havia em nome de que morrer. Milênios depois foi descoberta por um bando de foragidos que em nenhum outro lugar seriam recebidos; eles nada tinham a perder. Ali acenderam fogo, armaram tendas, pouco a pouco escavando as areias que soterravam a cidade. Esses eram homens e mulheres menores e morenos, de olhos esquivos e inquietos, e que, por serem fugitivos e desesperados, tinham em nome de que viver e morrer. Eles habitaram as casas em ruínas, multiplicaram-se, constituindo uma raça humana muito contemplativa. – Esperei pela noite, noite veio, percebi com horror que era inútil: onde eu estivesse, eu seria vista. O que me apavora é: é vista por quem? – Foi construída sem lugar para ratos. Toda uma parte nossa, a pior, exatamente a que tem horror de ratos, essa parte não tem lugar em Brasília. Eles quiseram negar que a gente não presta. Construções com espaço calculado para as nuvens. O inferno me entende melhor. Mas os ratos, todos muito grandes, estão invadindo. Essa é uma manchete nos jornais. – Aqui eu tenho medo. – Este grande silêncio visual que eu amo. Também a minha insônia teria criado esta paz do nunca. Também eu, como eles dois que são monges, meditaria nesse deserto. Onde não há lugar para as tentações. Mas vejo ao longe urubus sobrevoando. O que estará morrendo meu Deus? – Não chorei nenhuma vez em Brasília. Não tinha lugar. – É uma praia sem mar. – Mamãe, está bonito ver você de pé com esse capote branco voando (É que morri, meu filho). – Uma prisão ao ar livre. De qualquer modo não haveria pra onde fugir. Pois quem foge iria provavelmente para Brasília. Prenderam-me na liberdade. Mas liberdade é só que se conquista. Quando me dão, estão me mandando ser livre. – Todo um lado de frieza humana que eu tenho, encontro em mim aqui em Brasília, e floresce gélido, potente, força gelada da Natureza. Aqui é o lugar onde os meus crimes (não os piores, mas os que não entenderei em mim), onde os meus crimes não seriam de amor. Vou embora para os meus outros crimes, os que Deus e eu compreendemos. Mas sei que voltarei. Sou atraída aqui pelo que me assusta em mim. – Nunca vi nada igual no mundo. Mas reconheço esta cidade no mais fundo de meu sonho. O mais fundo de meu sonho é uma lucidez. – Pois como eu ia dizendo, Flash Gordon... – Se tirasse meu retrato em pé em Brasília, quando revelassem a fotografia só sairia a paisagem. – Cadê as girafas de Brasília? – Certa crispação minha, certos silêncios, fazem meu filho dizer: puxa vida, os adultos são de morte. – É urgente. Se não for povoada, ou melhor, superpovoada, uma outra coisa vai habitá-la.
[...]


Dia 25/09, às 20h, no Café com Letras (203 Sul), com entrada franca. Leituras dramatizadas de crônicas de Clarice Lispector e canções de Cartola. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Crônicas de Nelson Rodrigues e Canções de Gonzagão

Show Âmbar emendou o burburinho do Terça Crônica

O cálice do sorteio dos livros

Sorte: três amigas de uma mesma mesa sorteadas

Jones A lê A dama do lotação


Jones e Alex concentrando-se

Casa cheia para ouvir Nelson e Gonzaga

Delícia de xote

Delícia de Baião

Assum Preto

A importância de Nelson


Nelson e Gonzagão, gênios da arte!



Espectadora lê frase de Nelson

A espectadora Lourdes Tavares recita Nelson

Jones de Abreu em A vida como ela é



Alex, ave Gonzagão!




Sérgio Maggio

Quando Assum Preto, canção cortante de Luiz Gonzaga, ecoou na voz de Alex Souza pelo salão do Café com Letras, o Terça Crônica se preparava para o desafio de reunir, numa mesma edição, o legado de dois gênios da cultura nacional. Dois reis absolutos que, cada um em sua seara, ajudaram a erguer um estatuto de arte em torno de suas criações. Luiz Gonzaga e Nelson Rodrigues, quem diria, estariam juntos em patamares equivalentes nos quais cultura popular e dramaturgia teriam a mesma dimensão poética. 

Foi assim que o ator, mestre de cerimônias, Jones de Abreu conduziu a noite de casa cheia. Nelson, o anjo pornográfico, surgiu em leituras de crônicas esportivas e da série A vida como ela é. A dama do lotação, uma das narrativas clássicas, ganhou vida aos olhos do espectadores que riam e se concentravam nas palavras ali tão bem ditas pelo intérprete. Ganhou também vida no jogo com a plateia que achou envelopes debaixos das mesas com frases do mestre. Quem leu ganhou um livro para acompanhá-lo na cabeceira.

Do outro ponto do palco, Alex Souza intercalou seis canções magníficas do repertório de Gonzagão. Por diversas vezes, deu um "salve" ao mestre, influência direta em sua formação de cantor e compositor. E ainda contou "causos". O clima de descontração tomou conta do público que fez coro firme para as mais conhecidas. Convidado do segundo módulo do projeto, Rosualdo Rodrigues, jornalista e escritor, pontuou fatos e informações sobre os dois mestres, num programa que uniu entretenimento e conhecimento.


     

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O anjo pornográfico e o rei do baião


Diego Ponce de Leon
Especial para o Correio

À primeira vista, o casamento entre Luiz Gonzaga e Nelson Rodrigues pode soar fadado ao divórcio. Mas, um olhar mais apurado revela algumas afinidades. Exatos cem anos atrás, os dois nasciam no mesmo estado: Pernambuco. Embora poucos saibam, o fluminense (de alma e torcida) Nelson nasceu em Recife. Os centenários (ambos completados em agosto) são o ponto de partida da segunda Terça Crônica, que ocorre hoje, no Café com Letras (203 Sul), em homenagem aos dois mestres da cultura brasileira.
Como sempre, leituras cênicas irão interagir com canções. Entre uma crônica e uma música, algumas intervenções provocam um descontraído papo com os artistas e Rosualdo Rodrigues, jornalista convidado. “A importância do Nelson para o teatro e o estilo crônico das letras de Gonzaga são alguns dos tópicos dessas conversas, sempre produtivas”, revelou Jones de Abreu, ator e idealizador do projeto. Jones, que fará a leitura dramática do universo rodriguiano, prepara um repertório especial para a noite e antecipa que “os textos de A vida como ela é e as crônicas publicadas em jornal, são as principais fontes”. O ator está bem familiarizado com a obra do anjo pornográfico. Dois anos atrás encarnou o próprio, na montagem sobre o cronista e dramaturgo no projeto Mitos do Teatro Brasileiro, no CCBB. Ainda assim, o público que comparecer poderá testemunhar a primeira vez que o ator encara um texto escrito por Nelson. “Sempre me preparo. Podem esperar um Jones bem alerta”, avisou.

A vida de viajante do rei do baião inspirou o músico Alex de Souza. A saída da terra natal e a chegada ao Rio de Janeiro, como representante autêntico da cultura nordestina, é a imagem que ajudou o violonista a selecionar as canções para a apresentação de logo mais. Alex faz questão de destacar o ritmo literário das composições de Gonzagão: “Ele era um cronista popular. Sempre retratando o cotidiano da época”, disse.
O músico participa desse consolidado projeto de Brasília, que promove o encontro informal e interativo entre música e literatura, desde a concepção, em 2008, quando Jones de Abreu o criou. Os encontros quinzenais do Terça Crônica, seguem até dezembro, sempre com diferentes cronistas e músicos homenageados. Nesta terça, Asa Branca pousa no asfalto de Nelson e Dorotéia vai visitar a Juazeiro de Luiz Gonzaga.


Terça Crônica
Hoje, a partir de 20h
No Café com Letras (203 Sul)
Entrada franca.
Classificação indicativa livre.




segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Site Candango recomenda o Terça Crõnica

OUTRAS ONDAS
Terça Crônica
Com entrada franca, o Terça Crônica reabriu sua temporada no Café com Letras (203 Sul) .Até dezembro, serão nove sessões quinzenais que vão privilegiar grandes nomes da crônica nacional, com a presença de convidados da cidade.

O olhar trágico, familiar e sagaz de Nelson Rodrigues dialoga com o sentimento sertanejo, dolorido pela partida e radiante na celebração à vida de Luiz Gonzaga. Dois mestres da cultura brasileira, encontram-se no segundo módulo do Terça Crônica, dia 11 de setembro, às 20h, no Café com Letras.
A noite de celebração rememora o centenário de nascimento desses homens que, cada um em seu âmbito de linguagem, ajudaram a construir a identidade da cultura brasileira. “O projeto não força aproximações entre o cronista e o músico homenageados. As relações se estabelecem natural mente”, observa Jones de Abreu, ator e criador do projeto da Criatura Alaranjadas Cia. de Teatro.

Jones de Abreu vai dramatizar crônicas de Nelson Rodrigues, enquanto Alex Souza interpretará o repertório de Luiz Gonzaga. No centro do palco, o jornalista e escritor Rosualdo Rodrigues, que em novembro lança a livro, em coautoria com Carlos Marcelo, O fole roncou! Uma história do forró (Zahar Editora). Num clima descontraído de bate-papo, os três vão falar das influências, estilos e contar causos dos mestres celebrados. Após a apresentação, a programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu Ribeiro, com selecionado repertório do cancioneiro popular.

Criado em 2008 em temporada no Teatro Goldoni, Terça Crônica já participou da Feira do Livro (2010) de Brasília e da I Bienal do Livro e da Leitura (2012), fazendo também itinerância pelas cidades de Ceilândia e Taguatinga, com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O projeto se desdobrou ainda no Quinta Crônica (de 2008 a 2011) e no programa Canto das Letras, atualmente apresentado mensalmente na TV Câmara.

 
Programação de 2012
11 de setembro: Crônicas de Nelson Rodrigues e canções de Luiz Gonzaga.

25 de setembro: Crônicas de Clarice Lispector e canções de Cartola.

9 de outubro: Crônicas de Luis Fernando Verissimo e canções de Adoniran Barbosa.

21 de outubro: Crônicas de Carlos Drummond de Andrade e canções de Noel Rosa.

6 de novembro: Crônicas de Lya Luft e canções de Tim Maia.

20 de novembro: Crônicas de Miguel Falabella e canções de Rita Lee.

4 de dezembro: Crônicas de Maitê Proença e canções de Vinicius de Moraes.

18 de novembro: Crônica especialmente convidado e canções de Alex Souza.

domingo, 9 de setembro de 2012

Câmara em Pauta destaca Terça Crônica


Terça Crônica apresenta: Baião de Dois

Escrito por Simone de Moraes 22:11:00 09/09/2012


Crédito :
O olhar trágico, familiar e sagaz de Nelson Rodrigues dialoga com o sentimento sertanejo, dolorido pela partida e radiante na celebração à vida de Luiz Gonzaga. Dois mestres da cultura brasileira, encontram-se no segundo módulo do Terça Crônica, dia 11 de setembro, às 20h, no Café com Letras (203 Sul), com entrada franca. A noite de celebração rememora o centenário de nascimento desses homens que, cada um em seu âmbito de linguagem, ajudaram a construir a identidade da cultura brasileira. “O projeto não força aproximações entre o cronista e o músico homenageados. As relações se estabelecem naturalmente”, observa Jones de Abreu, ator e criador do projeto da Criatura Alaranjadas Cia. de Teatro.

Jones de Abreu vai dramatizar crônicas de Nelson Rodrigues, enquanto Alex Souza interpretará o repertório de Luiz Gonzaga. No centro do palco, o jornalista e escritor Rosualdo Rodrigues, que em novembro lança a livro, em coautoria com Carlos Marcelo, O fole roncou! Uma história do forró (Zahar Editora). Num clima descontraído de bate-papo, os três vão falar das influências, estilos e contar causos dos mestres celebrados. Após a apresentação, a programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu Ribeiro, com selecionado repertório do cancioneiro popular.


Um dos vencedores do edital nacional Procultura para Programação Cultural de Livrarias, do Ministério da Cultura, o Terça Crônica não poderia voltar à cena de forma tão feliz. “Retornar dentro de uma aconchegante livraria, cercado de obras literárias de todos os lados, é um sonho. A sensação é de que estaremos em casa. O estímulo à leitura e as delícias do ato de ler sempre foram as tônicas desse projeto híbrido de linguagens, espécie de talk-show que mistura teatro, música e entrevistas”, observa Jones de Abreu


Até dezembro, serão nove sessões quinzenais que vão privilegiar grandes nomes da crônica nacional, com a presença de convidados da cidade. Criado em 2008 em temporada no Teatro Goldoni, Terça Crônica já participou da Feira do Livro (2010) de Brasília e da I Bienal do Livro e da Leitura (2012), fazendo também itinerância pelas cidades de Ceilândia e Taguatinga, com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O projeto se desdobrou ainda no Quinta Crônica (de 2008 a 2011) e no programa Canto das Letras, atualmente apresentado mensalmente na TV Câmara.


TERÇA CRÔNICA NO CAFÉ COM LETRAS


Com Jones de Abreu e Alex de Souza. Crônicas de Nelson Rodrigues e canções de Luiz Gonzaga. Participação: Rosualdo Rodrigues. Dia 11 de setembro, terça-feira, às 20h, com entrada franca. Após a apresentação, a programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu Ribeiro, com repertório do cancioneiro popular e couvert a R$ 7. Classificação indicativa: não recomendado para menores de 10 anos.

PROGRAMAÇÃO 2012


11 de setembro: Crônicas de Nelson Rodrigues e canções de Luiz Gonzaga.
25 de setembro: Crônicas de Clarice Lispector e canções de Cartola.
9 de outubro: Crônicas de Luis Fernando Verissimo e canções de Adoniran Barbosa.
21 de outubro: Crônicas de Carlos Drummond de Andrade e canções de Noel Rosa.
6 de novembro: Crônicas de Lya Luft e canções de Tim Maia.
20 de novembro: Crônicas de Miguel Falabella e canções de Rita Lee.
4 de dezembro: Crônicas de Maitê Proença e canções de Vinicius de Moraes.
18 de dezembro: Crônica especialmente convidado e canções de Alex Souza.

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domingo, 2 de setembro de 2012

Portal Eu Estudante indica Terça Crônica


Terça Crônica celebra Nelson Rodrigues e Luiz Gonzaga

Publicação: 30/08/2012 17:36 Atualização: 30/08/2012 17:58

As crônicas de Nelson Rodrigues encontram-se com as canções de Luiz Gonzaga no segundo módulo do Terça Crônica, em 11 de setembro, às 20h, no Café com Letras - na Quadra 203 Sul -, com entrada franca. Jones de Abreu vai dramatizar crônicas de Nelson Rodrigues, enquanto Alex Souza interpretará o repertório de Luiz Gonzaga e, no centro do palco, o jornalista e escritor Rosualdo Rodrigues. Num clima descontraído de bate-papo, os três vão falar das influências, estilos e contar casos dos mestres celebrados. Após a apresentação, a programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu, com repertório docancioneiro popular.
Confira a programação completa do evento:
11 de setembro: Crônicas de Nelson Rodrigues e canções de Luiz Gonzaga.
25 de setembro: Crônicas de Clarice Lispector e canções de Cartola.
9 de outubro: Crônicas de Luis Fernando Verissimo e canções de Adoniran Barbosa.
21 de outubro: Crônicas de Carlos Drummond de Andrade e canções de Noel Rosa.
6 de novembro: Crônicas de Lya Luft e canções de Tim Maia.
20 de novembro: Crônicas de Miguel Falabella e canções de Rita Lee.
4 de dezembro: Crônicas de Maitê Proença e canções de Vinicius de Moraes.
18 de novembro: Crônica especialmente convidado e canções de Alex Souza.